quarta-feira, 22 de junho de 2011

Oasis – O olhar no Parque Oziel

Data de 1997 o início do surgimento da comunidade Parque Oziel, e dos bairros Jardim Monte Cristo e Gleba B em Campinas, São Paulo. De lá para cá muita coisa já aconteceu, o que não parece mudar (na visão de um visitante) é o verde exuberante que compõem a paisagem, sobretudo, construída pelos jardins, frente às casas dos moradores locais, e que dão as boas vindas a quem a visita.

Hoje, em média existem 30 mil moradores residentes no Parque Oziel. Grande parte deles deu as boas vindas a nós a Equipe do Oasis neste último sábado (dia 18 de junho de 2011), em meio ao clima de tranqüilidade e dia ensolarado que resguardaram a comunidade quando a conhecemos mais de perto.

O objetivo de tal encontro foi o de iniciar o processo de mobilização, levantamento de belezas, talentos, recursos e sonhos locais, que antecedem o dia da mão na massa, uma das etapas finais da metodologia desenvolvida pelo Instituto Elos, organização da baixada santista. Este momento, o de Mutirão ou do Milagre como é intitulado a materialização de um sonho coletivo de uma comunidade, é parte fundamental do Fórum Empreender com Valores, que em sua 2º edição contará com o trabalho de voluntários para o dia do Milagre no Parque Oziel no dia 17 de julho.

Tal como diz Antoine de Saint-Exupéry, em sua obra O Pequeno Príncipe, “o essencial é invisível aos olhos, que para um processo de Oasis simbolicamente resguarda o seu potencial de construção de laços afetivos. E foi isso o que a equipe do Oasis iniciou no dia 18 a: proposição de um novo olhar que busca identificar e revalorizar as belezas e talentos presentes na Comunidade do Oziel a partir da construção de laços afetivos com a comunidade local.

Este momento é conhecido no processo como a etapa do Olhar e também do Afeto. E para tal foi possível contar com a presença de Douglas, Ingrid, Larissa, Luan, Diellen, alunos, e Tereza professora da Escola do Oziel (parceira da ação do Oasis), e que agora compõem a equipe articuladora do Oasis no Parque Oziel.

Fig.1: Da esquerda para direita, Ingrid, Larissa, Diellen, Tereza, Luan e Douglas).

As atividades começaram as 9h00 da manhã na Escola do Oziel, tendo em vista o entrosamento dos jovens conosco (equipe do Oasis), apresentação do processo do Oasis e etapa do Olhar. E já lá o processo de descobrir e reconhecer o Oziel com outros olhos começou, tal como preconiza a metodologia ao valorizar a visão da abundância invés da escassez.

Como seria a experiência de olhar não apenas com os olhos, mas sim, perceber o ambiente por meio da audição, tato e olfato? Será que a experiência de conhecimento e descoberta de um local seria melhor?

Foi assim que, ainda de manhã, conhecemos o Oziel, de olhos vendados. E em duplas os jovens percorreram as ruas já conhecidas, porém de outro jeito ainda não vivenciado. Com uma regra: a ideia é que esta atividade fosse realizada em silêncio, para a experiência ser mais profunda (para quem era conduzido) e não haver dispersões durante o percurso.

(Fig.2: Larissa e Ingrid durante a dinâmica).


(Fig.3: Douglas conduzindo Luan durante a experiência).


(Fig.4: Tereza e Diellen).


(Fig.5: Julia e Bruno da equipe Oasis também realizando a atividade).

A experiência gerou entusiasmo e reflexões interessantes no grupo. Para alguns, foi à descoberta de um ambiente ainda não conhecido tal como disse Diellen que argumentou nunca antes ter “visto” uma árvore como a que sentira na experiência descrita aqui. Para outros, foi percebido um Oziel tranqüilo e sentido uma comunidade diferente. E também alguns se sentiram durante o processo estar em família, isso porque encontraram pelo caminho alguns amigos.

(Fig.6: Equipe fazendo o relato da experiência vivida para depois ser compartilhada).


(Fig.7: Letícia, também da equipe do Oasis relatando como foi para ela a atividade).


E também durante o processo de descoberta de um novo Oziel, os jovens perceberam a responsabilidade que tem a pessoa que se torna o condutor de quem está com os olhos vendados.

Continuando o processo de descoberta de um novo Oziel, o próximo desafio da equipe foi o de encontrar e registrar cinco belezas (natural, construída, social e econômica) e talentos do Oziel. E ainda, divulgar por meio de panfletos a Feira de Talentos da comunidade que acontecerá no dia 25/06, próximo sábado às 14 horas na Escola do Oziel.

As belezas detectadas pelos jovens e o resto da equipe compuseram uma paisagem do Oziel de montanhas, árvores, animais, lojas, pipas, rádio local construções, paisagem, casas, jardins, costureiras. E que é enriquecida com os talentos já descobertos, como os dos pedreiros (como o Wallace), faxineiras (como a Josiele), cozinheiros (como o João Baroni), aquelas que dominam a arte de plantar (como a Dona Maria e Dona Leda), fotógrafas ( como a Nayara), dançarinas (como a Marielita), costureiras (como a Elza e a Eide), músicos (como o Erinaldo), os que dominam a arte de soltar pipa ( como o Quinho e o Marcos), dentre outros inúmeros talentos existente no Oziel.

E muito mais se espera reconhecer na Feira de Talentos do Oziel, que será o próximo passo a ser dado nesse delicioso processo.

Os jovens ficaram incumbidos de continuarem a divulgação da feira nos próximos dias que a antecederão, por meio de cartazes a serem espalhados pela comunidade, e exposição do evento na escola e rádio local (a qual foi descoberta no processo de levantamento das belezas e talentos).

Aguardarem as próximas notícias dos próximos passos de Douglas, Diellen, Luan, Ingrid, Larissa e outros moradores do Oziel!

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